Abstract

Resumo: Propomos, nesse artigo, testar a atualidade das eudemonologias pessimistas de Schopenhauer e Freud, desenvolvidas, respectivamente, em Aforismos para a sabedoria de vida (1851) e em O mal-estar na civilização (1930), perguntando se elas contribuem à tarefa apontada por Eduardo Brandão como a principal à filosofia, nos tempos atuais de crise pandêmica, a saber, “alertar sobre as armadilhas que ameaçam a humanidade”. Para tanto, contextualizaremos a crise atual, com base na análise de sua abordagem por Brandão, Jorge Viesenteiner e Alexandro Paixão; e depois de investigar ambas as eudomonologias, defenderemos que elas nos ajudam a nos libertar da ilusão de que o futuro será necessariamente melhor do que o presente, de modo que fazemos bem em nos concentrar na resistência à ameaça de ampliação do sofrimento, o que pode ser feito por meio do autoconhecimento, enriquecimento do ser, pensamento consciente e integração civilizatória.
 Palavras-chave: felicidade, sofrimento, sobrevivência, coronavírus, otimismo.

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