Abstract
Este estudo discute o trabalho em ações de formação e atenção a jovens usuários/as de políticas públicas de educação, saúde e direitos humanos, na cidade de Porto Alegre. Analisa os modos de enunciação da vida juvenil no encontro com os saberes gerados nas práticas profissionais, a partir da problematização das noções de poder, afeto, corpo e encontro. Esta experiência, assim como a atual situação das políticas públicas na sociedade brasileira, colocou importantes reflexões sobre as relações de poder que governam estas políticas e os modos de intervir no âmbito da psicologia. A partir da cartografia, produzimos narrativas no acompanhamento do percurso de experimentação de nosso trabalho com jovens, enfatizando o que chamamos de encontro narrativo, como forma de contar a experiência de disputa entre a vida e morte, com afetações que contagiam, narram e resistem entres saberes, fazeres e modos de ser.
Highlights
Por que preservamos nossos nomes? Por hábito, exclusivamente por hábito
Ele enfatiza as tensões produzidas entre os modos de pensar, 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Porto Alegre, RS, Brasil
O que se passa na produção do encontro entre esses corpos é desconsiderada, é silenciada, pois não se coloca enquanto elemento singular e próprio desse acontecimento; elemento que pode dar pistas de linhas a percorrer na composição de nosso trabalho com quem se escuta
Summary
De pensamento que diga da vida que nos acontece, encontramos o texto de Foucault “A vida dos homens infames” (2003). A cartografia, então, estaria relacionada ao ato de pensar: criação de pensamento que possa corporificar em novos modos de expressão, abrir espaço à experiência de encontro com a violência dos signos, das marcas de intensidade, advindas de viver, que se inscrevem em nossos corpos e nos afetam. Enunciação de um modo de viver e de relacionar-se; de um processo formativo; de uma maneira de tornar-se corpo de trabalho e dos afetos que nos acompanham durante esse percurso e que a mim, são caríssimos e necessários afirmar: precisam ser ditos, precisam ter lugar precisam encontrar forma de expressão. Os encontros narrativos que seguem, buscam dar passagem à intensidade de experiências nestes acompanhamentos, que produzem afetações e pensamento, modificando o potencial de agir e existir, de modo a transformar nossa relação conosco e com o mundo, a partir do testemunho de vidas. A cartografia percorre visões e audições desta multidão que nos povoa (Deleuze 1997) e é neste encontro que a experiência com jovens nos posiciona: um trajeto sem paredes, invadido pelas afetações de que podemos mais, nos modos de intervir com jovens e com políticas
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