Abstract


 
 
 
 A partir da trajetória de Zilda de Carvalho Espindola (1904-1985), também conhecida como Aracy Côrtes, este trabalho se propõe a compreender as profundas relações entre educação – e suas práticas difusas –, cultura e política na cidade do Rio de Janeiro, nas primeiras décadas do século XX. Através de periódicos, entrevistas concedidas ao Serviço Nacional de Teatro e sua biografia, publicada em 1984, por Roberto Ruiz, busco perceber como as experiências dessa atriz, cantora e empresária do teatro de revista dialogavam com as transformações sociais ocorridas na capital federal. Debruçaremos-nos, especialmente, sobre suas vivências na Sociedade Dramática Particular Filhos de Talma, visto que os grêmios dramáticos vinculavam-se como espaços de formação social, promovendo práticas de letramento, palestras, encontros e debates de textos teatrais que permeavam o cotidiano da cidade. Para tanto, é importante concebermos a educação de forma ampla e plural, entendendo como as iniciativas pautadas em uma ação institucionalizada coexistiram com espaços plurais de acesso às letras. Como nos sugere Edward P. Thompson, ao considerarmos as diferentes vivências de Aracy Cortez no universo do entretenimento carioca, nos inclinamos a olhar para a sociedade na sua multifacetada rede de relações. Não obstante, o início de sua carreira artística nos permite perceber como as mulheres tornaram-se protagonistas de ações educativas, elaborando variadas estratégias para ampliar o acesso ao código letrado, conferindo-lhe uma vasta gama de sentidos.
 
 
 

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