Abstract

Resumo A educação do campo possui uma relação intrínseca com a agricultura, em especial, a familiar/camponesa, devido a sua própria origem: as lutas dos movimentos sociais populares e sindicais camponeses. Este artigo tem como objetivo compreender e elucidar dados, sínteses e reflexões sobre as dissonâncias e aproximações entre as relações dos diferentes sistemas de agricultura no Brasil frente à educação do campo, a partir de uma pesquisa bibliográfica. A metodologia adotada é a Revisão Bibliográfica Sistemática do tipo Metassíntese Qualitativa, cuja captura de dados foi efetuada no portal CAFe/Capes compreendendo o período de 1998 a 2019. Tivemos por base artigos científicos completos, e as análises aprofundadas foram de quinze artigos, de um total de 89. Destacamos como relevante o fato de surgirem críticas a Programas como o Pronacampo, o Procampo e o Escola Ativa, resultantes do entendimento de que: não contribuem o suficiente para a agricultura camponesa e suas demandas; são programas descontínuos para a educação do campo e não uma política pública; refletem nítida divergência entre os interesses da educação do campo/agricultura familiar e camponesa com os do agronegócio; permitem, a setores empresariais, a apropriação do termo “educação do campo” e de programas voltados a ela; não minimizam os desafios das escolas do campo e da Universidade relativos aos fortalecimento de lutas e de territórios do campesinato.

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