Abstract

Neste trabalho foram apresentados debates acerca da classificação eurocêntrica entre o “eu” ocidental e o “outro” oriental, a partir das teorizações de Edward Said sobre orientalismo e relações entre colonialismo e cultura. Serão analisadas, para isso, obras de pintores europeus do século XIX por meio do método iconológico, comparando-as e ressaltando a marginalidade de algumas delas e a centralidade de outras. Compreende-se que tais representações podem ser encontradas, igualmente, no direito ocidental como discurso de poder colonial, exercido tanto na metrópole quanto na periferia, que perdura em nossos dias e suscita resistências e oposições.

Highlights

  • Applying the ideas of Edward Said about orientalism and about the relationship between colonialism and culture, we discuss the eurocentric opposition between the Western “I” and the Oriental “other”

  • Suas obras possuem força e profundidade, ainda que não sejam isentas de críticas e complementações

  • Place and time are clear: Notre Dame is visible in the distance and SHRSOHDUHGUHVVHGDFFRUGLQJWRWKHLUFODVVZLWKWKHVFUX൵\ER\RQWKHULJKWV\PEROL]LQJ the power of ordinary people

Read more

Summary

Introdução

Ler essas grandes obras do período imperial em retrospecto e numa heterofonia com outras histórias e tradições em contraponto, lê-las à luz da descolonização, não significa minimizar sua grande força estética nem tratá-las de modo reducionista como propaganda imperialista. Da mesma forma, se faz necessário o conhecimento das influências artísticas do autor da obra sob estudo, a escola a que está filiado e, muitas vezes, aspectos de sua história de vida. Desse modo: Os campos de estudo, tanto quanto as obras até do artista mais excêntrico, são restritos e influenciados pela sociedade, por tradições culturais, pela circunstância mundana e por influências estabilizadoras como as escolas, as bibliotecas e os governos; além disso, [...] tanto os escritos eruditos como os imaginativos nunca são livres, mas limitados nas suas imagens, pressuposições e intenções; e [...] são menos objetivamente verdadeiros do que muitas vezes gostaríamos de pensar. Conjugando o método de Bohnsack (2007) com o de Joly (2012), elaborou-se um roteiro de estudo cujos passos expõe-se de maneira sintética a seguir: a) contextualização da escola artística e informações biográficas do pintor; b) dimensões pré-iconográfica e iconográfica, com a descrição da imagem; c) etapa iconológica, observando-se os significados e representações da narrativa ali exposta, considerando-se, inclusive, os títulos das obras. Não nos cabe julgar as evidentes qualidades das suas técnicas artísticas, mas realizar uma leitura que permita o entrecruzamento de resistências e colonialismos, uma vez que representar é, de alguma forma, também participar da batalha (SAID, 2011, p. 484 e 139)

Do original
Revolução Legitimada: A Liberdade Guiando o Povo
Turba desautorizada
Condessa de Haussonville e a Teia Obrigacional do Casamento
Atuação do Direito no Jogo Orientalista de Inclusão-Exclusão
Resistências e Estratégias Jurídico-Descoloniais
Conclusão
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.