Abstract

A teologia da libertação latino-americana, com a sua opção pelos pobres, ainda tem algo a contribuir no cenário mundial marcado pela globalização neoliberal e pela discussão das políticas de identidade? A partir das práticas do padre Júlio Lancelotti contra a aporofobia (a fobia contra os pobres) e arquitetura hostil no Brasil, esse artigo discute a noção de prioridade da ortopráxis sobre a ortodoxia, o processo de reordenamento do lugar do pobre na sociedade e nos orçamentos do Estado, a noção de práticas de libertação e critica o processo de desumanização na cultura neoliberal, em que a identidade pessoal e a pertença a comunidade estão marcadas pelo padrão de consumo e de riqueza. Por fim, mostra como as práticas de reconhecimento da humanidade dos mais pobres podem ser vistos como uma ressurreição da morte social, como uma forma de libertação no interior da história, e como afirmação da fé em um Deus que não faz distinção entre seres humanos, enquanto que o ídolo exige sacrifícios de vida dos pobres.

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