Abstract
O presente texto discute a formação de professores na perspectiva ético-política e da filosofia da práxis. Aborda a concepção de educação gramsciana articulada aos conceitos de sociedade, homem, conhecimento, política e apresenta alguns desdobramentos que esse norteamento teórico pode trazer para a formação de professores. Para a consecução do objetivo foi realizada uma pesquisa bibliográfica, que possibilitou reflexões acerca do entendimento de Estado ampliado, ideologia, filosofia da práxis, educação, escola e apontamentos sobre a formação de professores na lógica da escola unitária ativa e criativa. Ao final, analisa-se a concepção gramsciana de educação superior e sua função fundamental de criação e organização cultural na sociedade, dando unidade ao processo de formação dos intelectuais de diversos níveis, incluindo os professores.
Highlights
Resumo O presente texto discute a formação de professores na perspectiva ético-política e da filosofia da práxis
Escola com vida coletiva diurna e noturna e com a organização dos estudos em uma perspectiva para além da disciplinar, com acompanhamento sistemático dos professores e dos melhores alunos em todos os seus momentos, inclusive os de estudo individual
A disputa por uma hegemonia democrática e nacional-popular, que tem como centralidade o trabalho e a classe trabalhadora, abrange, também, a formação de professores articuladora dos princípios da escola unitária nas universidades, academias, círculos superiores de cultura e outros institutos e organismos responsáveis pela difusão cultural na sociedade brasileira
Summary
É indubitável a importância que tem a educação e a escola na construção da hegemonia como bloco histórico no âmbito superestrutural. Para nosso autor e no contexto em que produziu sua obra, o partido político – entendido como uma vontade coletiva viva comprometida com a constituição de um Estado nacional-popular – é um organismo social que desenvolve, nesse sentido, um papel fundamental. Na formação dos intelectuais, para além de ideais voluntários, é requerido à classe dominante – movida por um partido político orgânico – um projeto formativo consistente, sistemático e com argumentos fundamentais que o justifique. Para os propósitos desse texto, sem desconsiderar o complexo e abrangente leque formativo mencionado anteriormente, destacaremos a educação escolar e, no seu âmbito, o professor como intelectual em potencial, organizador de uma cultura fértil que pode promover a emancipação e a autonomia da classe trabalhadora, tendo como vislumbre a promoção de uma vontade coletiva que possa pensar, dirigir e controlar os dirigentes
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