Abstract

Neste artigo, analisa-se o corpus constituído pelos contributos do filósofo Francisco Vieira de Almeida (1888-1962) para a Seara Nova, uma das revistas portuguesas mais relevantes no século XX. A orientação cultural, reformista, democrática e pluridisciplinar dessa publicação permitiu-lhe congregar diferentes autores e tendências, dando azo à coexistência de múltiplos corpora, cujas identidades procuram articular-se com a linha editorial de base. No caso do conjunto em estudo, torna-se particularmente visível toda uma dinâmica de intencionalidades plasmada nos textos, a qual revela o modo como a Revista se afigura, para o Professor da Faculdade de Letras, o lugar ideal para cruzar pontos de vista académicos, culturais e políticos. O tratamento de tais escritos, que decorrem do diálogo entre discursos e contextos, combina a intratextualidade e a intertextualidade, a par de percursos inferenciais pela dobra de estória e História, uma metodologia interpretativa compósita, destinada a tornar perceptível a hibridez textual que materializa o reticulado de perspetivas e planos de intervenção. 

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