Abstract

RESUMO:O objetivo deste estudo foi analisar as embalagens de plantas medicinais comercializadas em farmácias e drogarias do município de Ijuí/RS, a partir das legislações vigentes sobre o tema. A coleta de dados foi realizada na primeira quinzena do mês de dezembro de 2011 em 13 estabelecimentos farmacêuticos localizados na região central do município, através de formulário elaborado a partir da legislação. Foram selecionadas para análise, plantas medicinais acondicionadas em diferentes tipos de embalagens e marcas. Foram avaliadas 44 embalagens de plantas medicinais, das quais 71% estavam irregulares no que se refere a indicação terapêutica e ao modo de preparo, considerando o preconizado pela RDC 10/10. Embora nem todas as drogas vegetais analisadas estivessem notificadas nesta Resolução, considerou-se o mesmo critério para todas as amostras analisadas. Além disso, 16% dos produtos analisados não apresentavam segurança quanto ao acondicionamento. A nomenclatura popular estava presente em todas as amostras, enquanto a nomenclatura botânica em apenas 75%. Conclui-se que todas as embalagens analisadas apresentaram alguma irregularidade em relação ao que estabelece a RDC nº10/2010, tendo em vista que nenhuma apresentou todos os requisitos exigidos por ela. Os resultados observados demonstram que a ausência das informações devidas nas embalagens ou nos folhetos informativos para orientar os consumidores, pode comprometer o uso seguro das plantas e prejudicar a saúde dos usuários.

Highlights

  • Analyses of the packages of medicinal plants sold in pharmacies in the city of Ijuí – RS, Brazil

  • No estudo de Bello et al (2002), também foi verificada ausência de informações sobre reações adversas (42,2%), contra indicação (24,2%), uso na gravidez e lactação (42,4%), interrupção do tratamento (78%) e ingestão concomitante com outras substâncias (70%), podendo induzir o usuários a acreditar que os medicamentos fitoterápicos e plantas medicinais são produtos inócuos e que não apresentam contra indicação, sendo seu consumo livre, independente do outros fatores

  • Que apresentavam a parte da planta, foram descritas as seguintes partes, havendo citação, em alguns casos, de mais de uma parte da planta: flor (45%), fruto (25%), folha (23%), casca (18%), caule (18%), ramos (13%), broto (6%), rizoma (6%), talos (4%) sementes (2%), raiz (1%)

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Summary

Ausente n

Encontradas em diferentes embalagens e marcas, foram Camellia sinensis (chá verde) com 12%, a Mentha spicata (hortelã) com 8%. Um levantamento realizado no Rio de Janeiro, com a população geral, profissionais de saúde e médicos evidenciou que as plantas mais utilizadas pelos entrevistados foram o Plectanthus barbatus (boldo) com 14,7% e a Chamomila recutita (camomila) com 7,0% das citações (Veiga, 2008), sendo ambas estas plantas encontradas em no estudo, representando plantas consumidas no município estudado. Segundo a RDC n° 10/2010 o nome popular e a nomenclatura botânica devem estar presentes nas embalagens do produto a base de plantas medicinais, já que no Brasil, segundo Simões e Guerra (2004), há uma diversidade dessas plantas que para sua identificação são classificadas por espécie, com nome botânico, conforme suas características. As embalagens de plantas medicinais avaliadas em farmácias e drogarias de Ijuí/RS

Efeitos adversos
Findings
Utilização dos medicamentos contínuos
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