Abstract

O presente artigo busca analisar a forma como o professor interage com os alunos e as implicações destas interações para a construção de um discurso reflexivo, por meio da análise das interações descritas por Flanders e o tipos de perguntas definidos por Carvalho (2012). Os dados apresentados e analisados são provenientes das interações verbais entre o professor e seus alunos ocorridas em uma aula de Química do Ensino Médio, registradas por um estudante na disciplina de Estágio Supervisionado. A elaboração do sistema de análise permitiu identificar a influência das participações do professor e dos alunos durante a aula na construção do discurso reflexivo. Assim, constatamos que o fato do professor não fornecer o tempo necessário para os alunos intervirem durante a aula, caracteriza o seu discurso como sendo um discurso de autoridade constituído na maioria das vezes por perguntas retóricas, inibindo a participação dos alunos e a troca de significações em um processo de negociação. Em sentido contrário, defendemos que quanto mais o professor adotar perguntas de maior exigência cognitiva possibilitando tempo para as respostas e com as intervenções pedagógicas do professor por meio de outras perguntas ou explicações promove-se o contato interativo para a construção de um discurso mais reflexivo

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