Abstract

Governos de cidades de pequeno porte têm buscado estabelecer diretrizes para implementação de práticas de qualificação territorial para se diferenciar de outras cidades e atrair investimentos para o desenvolvimento desconcentrado das metrópoles. Uma dessas diretrizes tem sido o Movimento Slow City, objeto deste estudo. Assim, o objetivo é analisar a inserção de cidades no movimento slow como diretriz de qualificação territorial. Em termos metodológicos, realizou-se um estudo de caso em duas cidades que se envolveram com o movimento slow em países iberamericanos: Vizela (Portugal) e Rio Doce (Brasil). A coleta de dados ocorreu in loco por meio de manejo de bibliografias e documentos internos, bem como aplicação de entrevistas com roteiro semiestruturados. Os dados coletados foram tratados e analisados por meio da técnica de Análise de Conteúdo (AC) do tipo categorial, com base em premissas, constructos e categorias, formuladas a partir da literatura especializada sobre o objeto em estudo. Os resultados indicaram como a inserção de uma cidade a um movimento de alcance internacional, contribui com novas perspectivas para a elaboração de ações, compromissos e políticas públicas em nível local. Evidenciou-se ainda, limitações relacionadas a distanciamentos significativos entre o discurso institucional do Movimento Slow City e a realidade vivida por seus membros. Contudo, observou-se que o envolvimento comunitário para a coprodução do bem público, o planejamento urbano e a inovação territorial são elementos inerentes ao desenvolvimento e à sustentabilidade, trazendo novas possibilidades para a gestão pública em nível local, como a adesão à Agenda Global 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Palavras-chave: Slow City. Qualificação territorial. Planejamento Urbano. Coprodução do bem público. Inovação territorial.

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