Abstract
O artigo analisa a relação que o Exército brasileiro manteve com a tecnologia fotográfica no final do século XIX e início do século XX. Foram analisados os acervos fotográficos de duas campanhas militares: o da Guerra de Canudos (1896-1897) e o da Guerra do Contestado (1914-1916). Investigou-se a forma como o Exército investiu na tecnologia fotográfica para registrar os feitos militares e combater as críticas efetuadas à repressão dos dois maiores conflitos sociais da Primeira República (1889-1930). São destacados os avanços nessa tecnologia e a lógica dos discursos oficiais incorporados nas representações fotográficas. Houve um deslocamento na forma de registrar e imortalizar os feitos militares entre Canudos e o Contestado, especialmente no que diz respeito à produção e circulação de fotografias relacionadas a morte e destruição no campo de batalha. Tal mudança esteve relacionada às transformações políticas e sociais vividas no Brasil durante o período, articuladas ao projeto local de modernização militar.
Highlights
O anúncio do surgimento de um animatógrafo denuncia, ao mesmo tempo, um novo regime visual e a existência de um leitor apressado, à espera de um texto sem ambiguidades, direto, verdadeiro, que certifique o relato com o estatuto de ‘Verdade’
Algo próximo à grafia de Deus e da Ciência
RUMO AO GABINETE FOTOGRÁFICO E À SEÇÃO DE FOTOGRAFIA MILITAR Separadas por menos de duas décadas, as fotografias de guerra reproduzidas nas Figuras 1 e 2 foram realizadas com o mesmo objetivo: compor o discurso oficial das maiores campanhas militares mobilizadas pelo Exército
Summary
Animatógrafo da guerra: Canudos e Contestado e a fotografia militar no Brasil. INTRODUÇÃO A citação de Olavo Bilac foi o mote encontrado para iniciar uma reflexão sobre o papel que os militares atribuíram à tecnologia fotográfica durante a repressão efetuada aos dois maiores conflitos sociais da Primeira República (1889-1930) no Brasil: Canudos e Contestado.
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