Abstract
Resumo O estudo tem como tema os processos de significação vividos por sujeitos autistas nas interações sociais que estabelecem com os outros de seu grupo social, problematizando as interações sociais que envolvem a criança autista no contexto pedagógico de uma instituição voltada ao Transtorno do Espectro do Autismo. Trata-se de uma pesquisa empírica realizada por meio de vídeo-gravação da relação desses sujeitos com o professor e seus pares, que consistiu na observação de 20 episódios de atividades que implicam situações de aprendizado de um grupo de quatro crianças autistas com idades entre 6 e 10 anos, de uma sala de aula caracterizada como de Ensino Fundamental. As discussões e elaboração do material tiveram como base a análise microgenética, constatando possibilidades de desenvolvimento e aprendizado dos alunos autistas nas relações estabelecidas nesse contexto, aspecto que remete a discussão sobre as práticas utilizadas no tratamento desse transtorno que não favorecem as interações sociais.
Highlights
The study has as a theme the processes of signification experienced by autistic subjects in the social interactions they establish with others of their social group, problematizing the social interactions that involve the autistic child in the pedagogical context of an institution focused on Autism Spectrum Disorder
A professora ao afastar-se procura mostrar sua insatisfação face à ação de Luís e a troca de afetos inicial, tão desejada e descrita como rara em crianças autistas, deixa de ser partilhada, a ruptura dessa cadeia associativa remete à falta de atribuição de sentidos da professora ao comportamento da criança, por fugir da reação esperada para aquele evento, comportamento que poderia ser significado focando a resposta real e não desejada da criança auxiliando na relação entre o par, segundo Smolka (2010, p.116):
Smolka (Orgs.),Questões de desenvolvimento humano: práticas e sentidos, São Paulo: Mercado das Letras, 107-128
Summary
O estudo foi baseado na observação de uma sala de aula classificada como Ensino Fundamental de uma escola especial destinada ao atendimento de alunos com Transtornos do Espectro do Autismo. O comportamento esperado pela professora era da troca lúdica/ afetiva no ato de apertar a bochecha, repetindo seu próprio gesto, porém quando Luis aperta com muita força, algo que foge à resposta aguardada pela professora, ela fica irritada e se afasta, por não compreender sua ação, ou seja, a resposta adversa. A professora ao afastar-se procura mostrar sua insatisfação face à ação de Luís e a troca de afetos inicial, tão desejada e descrita como rara em crianças autistas, deixa de ser partilhada, a ruptura dessa cadeia associativa remete à falta de atribuição de sentidos da professora ao comportamento da criança, por fugir da reação esperada para aquele evento, comportamento que poderia ser significado focando a resposta real e não desejada da criança auxiliando na relação entre o par, segundo Smolka (2010, p.116):. Pedro pareia as outras figuras, aponta para uma delas com a figura de um gato
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