Abstract
Resumo A proposta deste artigo é analisar alguns aspectos das práticas alimentares na cidade do Rio de Janeiro, na segunda metade do século XVIII, entre as quais a posse de bens de mesa por parte de indivíduos de segmentos distintos da população. Entre os objetos disponíveis destacamos a posse de talheres, considerados indicadores de modernização dos hábitos à mesa. Para tanto, o artigo se apoia em inventários pós mortem e explora suas possibilidades de análise para o estudo das Artes da Mesa, um segmento de destaque na história da alimentação e que tem atraído a atenção dos historiadores. No caso da América portuguesa, embora a história da alimentação seja um campo de investigação muito amplo e em crescente desenvolvimento, a cultura material da mesa e da cozinha tem sido menos contemplada por parte da historiografia colonial. Visa-se, portanto, contribuir na discussão sobre os rituais das refeições e seus artefatos.
Highlights
This article proposes the analysis of some aspects concerning food practices in the city of Rio de Janeiro during the second half of the eighteenth century among them the ownership of tableware by individuals belonging to several strata of the population
Era também nessa localidade que se situavam os grandes negociantes de açúcar e de escravos do Sudeste, além das casas comerciais de maior destaque
A história da Alimentação trata desses assuntos e é um campo muito amplo de estudo, o qual envolve desde a produção e a comercialização dos produtos, até o modo de confecção dos alimentos, incluindo a transmissão dos saberes, os rituais de consumo, os protocolos de serviço de mesa, bem como os utensílios usados em todas as etapas da culinária e das refeições.[1]
Summary
Leila Mezan Algranti Departamento de História Universidade Estadual de Campinas| Rua Cora Coralina, 100, Cidade Universitária Zeferino Vaz, Campinas, SP, 13.083-896, Brasil. Resumo A proposta deste artigo é analisar alguns aspectos das práticas alimentares na cidade do Rio de Janeiro, na segunda metade do século XVIII, entre as quais a posse de bens de mesa por parte de indivíduos de segmentos distintos da população. O artigo se apoia em inventários pós mortem e explora suas possibilidades de análise para o estudo das Artes da Mesa, um segmento de destaque na história da alimentação e que tem atraído a atenção dos historiadores. No caso da América portuguesa, embora a história da alimentação seja um campo de investigação muito amplo e em crescente desenvolvimento, a cultura material da mesa e da cozinha tem sido menos contemplada por parte da historiografia colonial.Visa-se, portanto, contribuir na discussão sobre os rituais das refeições e seus artefatos. Palavras-chave práticas alimentares, cultura material, história da alimentação, artefatos de mesa
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