Abstract
Efeitos de fornecer proteína texturizada de soja (PTS) na forma líquida, via goteira esofágica, ou na forma sólida, via concentrados, foram estudados em um delineamento quadrado latino 4 x 4, empregando quatro novilhos Holandeses providos de cânulas ruminais, pesando cerca de 100 kg cada, no início do experimento. Os tratamentos consistiram de níveis crescentes de PTS na forma líquida (0, 33, 66 e 100%), oferecidos em mamadeiras, e níveis decrescentes de misturas concentradas, mantendo-se a mesma quantidade de nitrogênio em todas as dietas. Os subperíodos experimentais foram de 21 dias, sendo os primeiros 16 de adaptação às rações (feno de Cynodon dactilon, mistura concentrada e alimento líquido). Ensaio de digestibilidade in situ foi executado do dia 17 ao 20, sendo os tempos de incubação de 0, 1,5, 3, 6, 12, 24 e 48 horas, para o farelo de soja e PTS, e 0, 6, 12, 24, 48h, 72 e 96 horas para o feno. Foram tomadas amostras de conteúdo ruminal para análise de volume e taxa de passagem de líquidos, e pH, no dia 21 às 0, 1, 3, 6, 12 e 24 horas. No dia 20, conteúdos ruminais foram coletados para análise de ácidos graxos voláteis (AGV) e N amoniacal às 0, 2, 4, 5 e 6h após a primeira alimentação do dia. Foi observado aumento na taxa de passagem e turnover líquido com a diminuição do suplemento protéico na forma líquida. Não ocorreram efeitos da forma de alimentação nas concentrações dos totais de AGV ou nas suas porcentagens molares individuais, do mesmo modo que o pH não foi afetado. Não houve efeitos da forma de alimentação sobre a degradabilidade in situ da proteína e da matéria seca do farelo de soja e PTS, tampouco efeitos sobre a degradabilidade da matéria seca e fibra em detergente neutro do feno.
Highlights
Effects of feeding textured soy protein (TSP), in liquid form throught esophageal groove, or solid form throught concentrate meal, were studied in a 4 x 4 Latin-square change-over design, using four Holstein steers fitted with ruminal cannulas, averaging 100 kg live weight at the beginning of trial
Foram colhidas semanalmente amostras do feno e dos concentrados para análises bromatológicas de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra bruta (FB), fibra em detergente neutro (FDN) e matéria mineral (MM) conforme as normas da AOAC (1980)
Houve aumento na taxa de passagem da fração líquida quando os animais receberam o suplemento protéico na forma sólida, via concentrado, o que, possivelmente, foi efeito da maior ingestão de água decorrente do aumento da osmolaridade e/ou aumento da diurese provocado pela necessidade de eliminação da uréia sangüínea
Summary
O experimento foi realizado na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, em Pirassununga - São Paulo. Utilizou-se a proteína texturizada de soja (PTS), que, para administração na forma líquida, foi dissolvida em 2 litros de água morna (32oC) até que não apresentasse grumos. Foram pesadas as seguintes quantidades de PTS: A, 0 g (apenas água); B, 120 g; C, 230 g; e D, 350 g. A PTS apresentava, em sua composição, 2,0% de umidade, 50,0% de proteína bruta, 27,6% de extrato etéreo, 5,6% de matéria mineral, 0,8% de fibra bruta e 14,0% de extrativos não-nitrogenados. Foram colhidas semanalmente amostras do feno e dos concentrados para análises bromatológicas de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra bruta (FB), fibra em detergente neutro (FDN) e matéria mineral (MM) conforme as normas da AOAC (1980). Tabela 1 - Proporções de ingredientes nas diferentes dietas e suas composições bromatológicas, com base na matéria seca
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