Abstract

Este trabalho investiga as fronteiras e interpenetracoes entre a ficcao e o real (entre verdade e mentira) nas narrativas de si. Observa a distincao aristotelica entre cronistas e poetas; a “literariedade condicional” de textos referenciais e a “literariedade constitutiva” de textos ficcionais, conforme Genette; a divisao de Cosson entre “imperio dos fatos” e “jardim da imaginacao”. Analisa a quebra desta dicotomia pela recepcao literaria de textos autobiograficos e a provocacao trazida pelo conceito de autoficcao. Avalia a frequente experiencia romanesca contemporânea de transitar entre realidade e invencao. Para analise de textos por este prisma, propoe a ideia de uma “linha da ficcionalidade” e discute os romances Tentativas de capturar o ar , de Flavio Izhaki; Baseado em fatos reais , de Delphine de Vigan; A resistencia , de Julian Fuks. Questoes sobre a ficcionalizacao do sujeito, em suas narrativas de vida, sao abordadas: a autoficcionalizacao no cumprimento de seus papeis sociais; a acao do inconsciente nas escolhas narrativas; a invencao da memoria. Sao referenciados autores como Aristoteles, Roland Barthes, Philippe Lejeune, Serge Doubrovski, Mikhail Bakhtin, Gerard Genette, Philippe Gasparini, Silviano Santiago, Euridice Figueiredo, Evando Nascimento, Manuel Alberca, Anna Faedrich, Rildo Cosson. --- DOI: http://dx.doi.org/10.12957/matraga.2017.30066

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