Abstract

A história da alfabetização no Brasil não está desvinculada da história da educação brasileira como um todo. Os debates apresentam que as políticas educacionais referentes à alfabetização foram criadas na tentativa de diminuir os elevados índices de analfabetismo no país e o insistente fracasso de desempenho de leitura e escrita nos alunos. Este texto objetiva identificar as contraposições entre as perspectivas construtivista e histórico-cultural referentes à alfabetização, ressaltando a característica de cada um desses referenciais teóricos na prática alfabetizadora. Para atingir tal objetivo, utilizaremos como principal referência o trabalho de Martins e Marsiglia (2015), no qual é articulado o enfoque distinto entre as perspectivas de Piaget e Emilia Ferreiro e de Vigotski e Luria. Para identificar as contraposições entre as perspectivas construtivista e histórico-cultural referentes à alfabetização: Martins e Marsiglia (2015), Castorina (1996), Duarte (2011), Saviani (2015), Arce (2010), Ferreiro e Teberosky (1999), Vigotski (2007) e Luria (1998), dentre outros. As metodologias usadas na pesquisa foram amparadas no método Materialista Histórico Dialético. Esse método apreende o real a partir de suas contradições e leva em consideração as relações e as mediações que interferem na realidade. O enfoque do método materialismo histórico dialético possibilita compreender os fenômenos por meio de suas categorias ontológicas relativas à realidade objetiva; gnosiológicas relativas ao pensamento e o movimento do conhecimento e lógicas ciências das formas. Concluímos que essa retomada histórica das contraposições da alfabetização foi necessária para entendermos que a história da alfabetização sempre se configurou como um movimento complexo, permeado por tensões, interesses e disputas, é uma história que não passou, ainda nos incomoda como pesadelo.

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