Abstract
Neste artigo nos propomos a refletir sobre a dinâmica da inovação na agricultura em âmbito local, conferindo atenção à agência do agricultor na interface de sistemas de conhecimento e inovação diferenciados (formal e informal). Para tanto, tomamos como base a descrição de um caso de estruturação de um sistema de inovação local para introdução da piscicultura em Santa Maria, Rio Grande do Sul (RS). Os principais dados analisados na pesquisa foram coletados através de entrevistas com agricultores e agentes de assistência técnica locais. Observamos mudanças na configuração do sistema de inovação a medida que organizações de agricultores foram formadas e assumiram protagonismo na implementação de um projeto de profissionalização da piscicultura. Apesar do esforço em prol da padronização dos sistemas de criação com base em conhecimentos e inovações oriundos do sistema formal, identificamos uma elevada heterogeneidade nos componentes tecnológicos dos sistemas de criação de peixes. Tendemos a interpretar que estes resultados podem estar associados a agência dos agricultores, que no esforço de “encaixar” a piscicultura em suas estratégias sócio-produtivas e sistemas de produção, promovem a diferenciação constante dos formatos tecnológicos. Tal dinâmica tende a ser realizada mediante hibridização de conhecimentos técnico-científicos e locais.
Highlights
Resumo Neste artigo nos propomos a refletir sobre a dinâmica da inovação na agricultura em âmbito local, conferindo atenção à agência do agricultor na interface de sistemas de conhecimento e inovação diferenciados
Farmers agency at the interface of formal and informal knowledge and innovation systems Abstract In this article we propose to reflect about the dynamics of innovation in agriculture at the local level, paying attention to the interface of differentiated knowledge and innovation systems
We based on the description of a case of structuring a local innovation system for the introduction of pisciculture in Santa Maria, Rio Grande do Sul (RS)
Summary
A temática “inovação” se destaca pelo renovado interesse que tem despertado nas mais distintas sociedades ao longo do tempo. A partir dos aportes revisados, compreendemos que a interpretação da dinâmica da mudança tecnológica (e da inovação) requer que se considere, a configuração social na qual este processo ocorre (tipo de sistema de inovação) o modelo de pesquisa no desenvolvimento tecnológico e, sobretudo, a potencial agência do agricultor. Quando a piscicultura passou a ser tratada como um negócio evidenciou-se maior preocupação da assistência técnica com a padronização do produto a ser comercializado e, consequentemente, com a definição de “pacotes tecnológicos” (sistema de criação de referência a ser adotado pelos agricultores para maximização da eficiência técnico-produtiva e da lucratividade) que permitissem a superação das deficiências constatadas nos sistemas de criação em uso (BALDISSEROTTO, 2009). Entretanto, grande parte dos entrevistados reconhece que a introdução da piscicultura - no âmbito das atividades produtivas conduzidas no estabelecimento implicou em sua aproximação à conhecimentos técnico-científicos específicos para exercício da atividade
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