Abstract

RESUMO Parece hoje incontornável, no campo dos estudos literários, a discussão sobre a ampliação do cânone. A consciência da diversidade do mundo impõe que se considerem outros paradigmas que deem conta da multiplicidade das tradições literárias de geografias culturais (semi)periféricas. Impõe-se, com efeito, uma nova perspectiva epistemológica em que é possível pensar a literatura a partir das suas densas relações, para além de binarismos redutores. Um dos instrumentos é facultado pela categoria literatura-mundo, propulsora de uma mudança epistemológica que permite pensar as produções culturais para além do seu lugar original, de sua geografia cultural e da historicidade. Trata-se de uma categoria em fase de consolidação na crítica literária do mundo da língua portuguesa, que tem permitido, como gesto comparatista, uma abordagem cosmopolita no estudo das literaturas em português, pelas articulações alternativas no estudo comparado dessas literaturas.

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