Abstract

Neste artigo, introduzimos o conceito de ações transcritivas como alicerce para uma análise sistemática de obras musicais ou trechos específicos que passaram por um processo de transcrição. Diante das diversas acepções que o termo transcrição permite, nos concentramos na noção de tomar uma obra preexistente para lhe dar um novo corpo, o que engloba ideias como arranjo, adaptação, releitura, reescrita, entre outras. Apresentamos as finalidades e possibilidades da transcrição musical que, dentre nossas propostas, emerge como uma ferramenta que explora diversas perspectivas e que, nesse sentido, pode desempenhar um papel na análise e no aprimoramento da compreensão das obras transcritas. Finalmente, definimos e categorizamos as ações transcritivas em três classes – a saber, adaptação, paralelismo e recomposição –, favorecendo conexões entre os domínios da composição, análise, orquestração, instrumentação e arranjo.

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