Abstract

Resumo O sítio arqueológico MMA-02, encontrado na Serra dos Carajás, Pará, e associado à variante amazônica da tradição Tupiguarani era um local especializado na produção de adornos corporais em uma matéria prima lítica, a caulinita silicificada. Principalmente, contas discoides estariam sendo produzidas, o que está evidente na predominância de suas pré-formas e restos brutos de debitagem. Para o presente artigo, foi feita a análise tecnológica de uma amostra do material, centrada no estudo da cadeia operatória das contas, com o objetivo de acessar as escolhas feitas por aqueles que frequentaram o sítio: quais as técnicas utilizadas e como se encadeavam em sucessivas operações no trabalho do material. Ao mesmo tempo, procuramos entender o sítio, tanto dentro do padrão observado para as ocupações Tupiguarani no sudeste amazônico, quanto no contexto mais amplo da região amazônica durante a Nossa Era, na qual a referência à circulação de adornos corporais é uma constante.

Highlights

  • Na medida em que as interpretações diretamente baseadas no modelo de ‘culturas de Floresta Tropical’ (Steward, [1949]) têm sido deixadas de lado, fala-se em grande pluralidade cultural, fortes indícios de integração regional e instabilidade política em longo prazo, com períodos alternados de maior e menor centralização (Heckenberger; Neves, 2009; Neves, 2006)

  • Annals of Carnegie Museum, Pittsburgh, v. 63, n. 4, p. 215-237, 1994

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Summary

ANÁLISE TECNOLÓGICA

AS PRÉ-FORMAS DE CONTAS Entre as 37 contas identificadas (pré-formas e fragmentos), o perfil discoide pôde ser observado em 26, apresentando diâmetros geralmente entre 1,6 cm e espessuras entre 0,2 e 0,6 cm. As contas inacabadas podem apresentar geometrias circular irregular, quadrangular, retangular e facetada, enquanto as mais próximas da finalização já têm geometria circular regular (Figura 2, Tabela 2). As 11 contas com perfil não identificado são mais espessas do que as discoides, e apresentam geometrias facetadas, retangulares e quadrangulares. De acordo com van der Drift (2009), as lascas resultantes desta técnica frequentemente apresentam bulbos difusos e talões lisos e largos, o que faz com que sua diferenciação das lascas de percussão direta dura seja dificultada. Embora o esmagamento distal produzido pelo ponto de contato com a bigorna seja visível nos núcleos, ele geralmente não está presente nas lascas, assim como o contragolpe muitas vezes é inexistente (van der Drift, 2009).

Geometria Quadrangular
Lascas com FS parcialmente cortical
Marcado Ausente Refletido Quebra
Subcategorias de lascas
Linear Facetado Esmagado
Sem perfuração
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