Abstract
O presente artigo tem como objetivo desenvolver uma reflexão teórica a partir da compreensão dos fenômenos multifacetados que estão presentes no ingresso do estudante no ensino superior. Este constructo contemplou as expectativas que este novo contexto provoca nos estudantes e o impacto das primeiras vivências adaptativas no êxito e permanência do estudante na universidade. A transição e adaptação ao ensino superior constituem verdadeiros desafios e são descritas através de diferentes dimensões adaptativas em relação à instituição, aos estudos, aos seus pares, às exigências de autonomia pessoal e emocional, ou ao planejamento da carreira. Propõem-se alternativas de prevenção ao abandono universitário precoce, aqui entendido como o direito que o estudante possui de iniciar e concluir seus estudos com qualidade, com o devido suporte acadêmico, social e político, disponível nas instituições de ensino superior. Busca-se, portanto, uma reflexão sobre novas práticas formativas nesse nível de ensino diante dos alunos, os quais, potencialmente, estão mais vulneráveis em termos de desenvolvimento de competências. Abrange-se a necessidade de apoio social, psicológico e educativo, destinado a apoiar o êxito universitário dos estudantes e, consequentemente, a conclusão dos seus cursos, fazendo diminuir as taxas de abandono, tendencialmente mais elevadas entre os estudantes do 1º ano.
Highlights
RESUMEN El presente artículo tiene como objetivo desarrollar una reflexión teórica a partir de la comprensión de los fenómenos multifacéticos que están presentes en el ingreso del estudiante en la enseñanza superior
The present paper aims at developing a theoretical reflection on the multifaceted phenomena of student’s entry in higher education
The transition and adaptation to the higher education context can be challenging for students and are described through several dimensions of adjustment to the institution, such as the content studied, peer relations, personal and emotional autonomy skills, or career planning
Summary
Atualmente, com o desenvolvimento dos países, o principal desafio em termos de educação é assegurar uma educação de qualidade e extensível a toda a população, incluindo a formação superior. 3,4 milhões de alunos iniciaram cursos de educação superior de graduação, sendo que 83,1% desse total ingressou em instituições privadas. Embora o Brasil oportunize oferta de vagas com uma duplicação de matrículas que continuam a se expandir, essas medidas ainda são incipientes para atender à demanda de estudantes aptos a usufruírem da formação a esse nível, ou também à demanda de colocação de profissionais no mercado de trabalho (MIRANDA; STALLIVIERI, 2017). O que se percebe nessa perspectiva de inclusão e acesso dos estudantes nas universidades é que o aumento de vagas e de número de ingressantes não tem sido acompanhado da permanência dos estudantes no sistema e conclusão dos seus cursos. Longe dos tempos em que os seus cursos eram acedidos por uma elite populacional, hoje são diversos os projetos de vida, as expectativas e as competências acadêmicas dos alunos presentes nas suas aulas
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