Abstract
Introdução: A dermatoscopia é uma técnica in vivo não-invasiva, amplamente usada como ferramenta complementar no estudo de lesões pigmentadas da pele, permitindo um diagnóstico mais precoce do melanoma cutâneo. O objetivo deste estudo é avaliar a acuidade diagnóstica da dermatoscopia em lesões melanocíticas e alargar as correlações dermatoscopia-histopatologia já estabelecidas.Material e Métodos: Estudo retrospetivo utilizando a base de dados da Consulta de Dermatoscopia e Lesões Pigmentadas e a base de dados da Histologia de um Serviço de Dermatologia. Cada lesão melanocítica foi avaliada segundo parâmetros dermatoscópicos e histológicos. Determinou-se a concordância entre os diagnósticos e entre os parâmetros avaliados.Resultados: Verificou-se um ratio maligno/benigno de 1:9,2. Obteve-se uma concordância razoável entre os diagnósticos dermatoscópicos e histológicos. Para os melanomas obteve-se uma concordância excelente, tendo a dermatoscopia revelado uma sensibilidade de 92,9% e especificidade de 96,9%. Observou-se concordância entre padrão reticular e a presença de fusão de cristas e atipia citológica; padrão globular e presença de tecas; rede atípica e a presença de fibrose e atipia citológica; blotches e paraqueratose pigmentada; véu azul esbranquiçado e a presença de fibrose.Conclusão: Apesar de algumas limitações e achados não esperados, muitos dos resultados do presente estudo vêm na continuidade do que tem vindo a ser descrito na literatura, mostrando uma elevada sensibilidade e especificidade da dermatoscopia no diagnóstico de melanoma, o que se reflete numa otimização do diagnóstico precoce sem necessidade de aumento do número total de excisões de lesões pigmentadas.
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