Abstract

Edifícios de múltiplos usos é um dos principais produtos do mercado imobiliário e, à medida que se multiplicam, nem sempre consideram as necessidades reais das pessoas com mobilidade reduzida - PMR. O presente estudo analisa a acessibilidade de dois edifícios visando identificar os problemas decorrentes das inadequações dos edifícios de múltiplos usos relacionados à acessibilidade à luz da NBR 9050. Para tanto, agrega conceitos de ergonomia como suporte visando avaliar se os critérios adotados desde o projeto arquitetônico asseguravam as necessidades e limitações do usuário, bem como seu conforto durante o deslocamento. O método foi composto por um conjunto de etapas com objetivos distintos: - Analisar as plantas dos edifícios e as características dos usuários PMR; - Simular graficamente na planta as possibilidades de circulação/obstrução; - Validar por meio de visita guiada, identificando as dificuldades e estratégias do usuário nos diferentes percursos. A metodologia adotada tem como pressupostos à análise da situação real e à participação do usuário no processo. Os resultados apontam barreiras em acessos importantes e mesmo quando os padrões normativos são contemplados, nem sempre o conforto é assegurado. Malgrado, a fragilidade dos dados, o estudo propõe uma reflexão sobre o papel das normativas, apontando sobretudo seus limites.

Highlights

  • Mixed use buildings are one of the main products of the real estate market and, as they multiply, they do not always consider the real needs of persons with reduced mobility - PRM

  • Conhecer os usuários foi fundamental, pois auxiliou a entender as adaptações necessárias à diversidade de dimensionamento e das capacidades motoras das pessoas

  • Compreender o trabalho para transformá-lo: A prática da ergonomia [Comprendreletravailpourletransformer, la pratique de l‟ergonomie]

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Summary

Introdução

A acessibilidade vem ocupando um espaço importante na sociedade, na medida em que o paradigma a respeito das pessoas com mobilidade reduzida - PMR encontra-se em um processo de transformação social. Esta questão foi operacionalizada, tanto pela definição de normas (ABNT), quanto pelo Ministério das Cidades que disponibiliza uma série de programas visando integrar os requisitos de acessibilidade, especialmente no âmbito da arquitetura e do urbanismo. O pressuposto deste estudo parte do princípio que as PMR, podem ter sua deficiência minimizada à medida que lhe sejam oferecidos recursos para que sua relação com o espaço seja possível, sem os constrangimentos aos quais são submetidos atualmente. O cadeirante foi escolhido para o objeto do recorte deste estudo, partindo do pressuposto que o espaço ocupado pela cadeira de rodas permite também o fluxo dos demais (idoso, obeso, portadores de muletas...), pois as dimensões exigidas para os cadeirantes comportam os outros PMR. 9050/2015, os projetos arquitetônicos e os pressupostos da Ergonomia, possibilitando que requisitos técnicos sejam difundidos visando maior democratização do uso de espaços bem como uma visão mais abrangente da atividade profissional do arquiteto

Ergonomia e espaço
Ergonomia e Acessibilidade
O Método
Etapa 1
Etapa 2
Etapa 3
Resultados e Discussão
À guisa de conclusão
Referências
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