Abstract

Este artigo pretende refletir sobre a continuidade da obra de um autor através do arquivo, enfocando o pesquisador como sujeito responsável pela atualidade desse lugar. Partindo de uma apresentação do arquivo na chave entre espaço habitado por espectros – e pelos agentes que por ele transitam – são levantadas questões que tangem as contrastantes experiências de manusear os documentos física e virtualmente, sobretudo com o aumento de acervos digitais. Essa última questão é exemplificada a partir do trabalho de pesquisa de uma caderneta inédita de Clarice Lispector, sob a guarda do Instituto Moreira Salles, cujo acesso se deu pela digitalização do documento original, engendrando dificuldades e possibilidades nessa nova forma de visitar o arquivo, revelando caminhos que o pesquisador pode traçar para encurtar essa distância.

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