Abstract

Esse artigo pretende analisar as relações entre o processo de abolição da escravidão em Trinidad e as formas de mobilização social e performances carnavalescas de homens e mulheres negras entre o início da ocupação britânica da ilha até as primeiras décadas pós-abolição (cc. 1790-1850). Para tanto, o texto está dividido em três tópicos: no primeiro, iremos analisamos as formas de participação de homens e mulheres negras durante a vigência do regime escravista na ilha, assim como as tentativas coloniais de repressão e controle e os argumentos da imprensa local na construção do mito do carnaval branco, ordeiro e civilizado (sic); em seguida, buscamos investigar os impactos demográficos, nas relações de trabalho e nas tensões sociais após 1834; por fim, focamos a análise na formação do Canboulay negro entre as décadas de 1830 e 1850, propondo uma reflexão sobre seus sentidos políticos num contexto de liberdade. A pesquisa utilizou um conjunto amplo de fontes primárias arquivadas na British Library e no National Archives em Londres, Inglaterra; obras de memorialistas, folcloristas e a produção historiográfica.

Highlights

  • The text is divided into three topics: in the first one, we will analyze the forms of participation of black men and women during the last decades of slavery on the island, as well as the colonial attempts of repression and control and the arguments of the local press in the construction of the myth of a white, orderly and civilized carnival ( sic); then we seek to investigate demographic impacts, work relationships, and social tensions after 1834; finally, we focused the analysis on the formation of black Canboulay between the 1830s and 1850s, proposing a reflection on his political meanings in a context of freedom

  • A maioria desses textos constrói uma imagem nostálgica do que seria o tempo do carnaval inocente, divertido e pacífico

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Summary

Introduction

Abolição e Carnaval: performance e experiência social negra em Trinidad Introdução Localizada a aproximadamente vinte quilômetros do litoral da Venezuela, possuindo em torno de três mil quilômetros quadrados, a ilha de Trinidad não despertaria muita atenção de seus conquistadores espanhóis ao longo do século XVI. Entre a chegada de Colombo, em 1498, e a fundação da primeira cidade na ilha – San Josephe de Oruna –, em 1592, passaram-se 94 anos

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