Abstract

O objetivo deste paper é explicitar e fundamentar a virtude da solidariedade subjacente à teoria e à prática da Hermenêutica Filosófica de Hans-Georg Gadamer, a qual é imprescindível para alcançarmos nossa felicidade e criarmos um ethos de responsabilidade mútua. Embora Gadamer não tenha dito ou sustentado essa hipótese, mostrarei sua plausibilidade lógica bem como pertinência teórica e prática. Para tanto, mostrarei as relações íntimas entre Hermenêutica e Solidariedade enquanto jogos de fusão de horizontes regidos pelo pressuposto de que somos seres linguísticos que visamos, desde os primórdios da humanidade, de uma ou de outra forma, instituir um ethos de parceria, de harmonia e de cooperação mútua. Justificarei isso explicitando, inicialmente, significados e sentidos do termo Solidariedade em Gadamer, denominando-o um jogo com regras e finalidades próprias de uma virtude ética enquanto contenção de si e instituição do bem. Aprofundarei, a seguir, elos entre Hermenêutica e Solidariedade a partir dos temas da linguagem e da tradição enquanto exercícios de fusão de horizontes pautados pela instituição do acordo consigo mesmo e com os outros. Ao final, apontarei algumas implicações para nossa realização pessoal e social bem como para proteção da natureza.

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