Abstract
Este trabalho estuda as fronteiras políticas na África Negra nas suas dimensões históricas e atuais. Discutindo e criticando as suposições estereotipadas no discurso popular e acadêmico sobre as fronteiras na África, visa explicar porque elas exibiram, apesar de todas as suas imperfeições e defeitos, tanta resistência a mudanças.
Highlights
This article studies the political borders in Black Africa in their historical and modern dimensions
Discutindo e criticando as suposições estereotipadas no discurso popular e acadêmico sobre as fronteiras na África, visa explicar porque elas exibiram, apesar de todas as suas imperfeições e defeitos, tanta resistência a mudanças
Summary
O Presidente Nyerere, por exemplo, criticou a OUA como “sindicato” dos dirigentes africanos, garantindolhes os espaços políticos e, assim, a sua sobrevivência.[93] Outros autores comparam a OUA com a Santa Aliança na Europa no início do século XIX.[94] Esse consenso conservador das novas elites africanas sobre a mútua preservação das fronteiras, contudo, não só reflete a preocupação com a instabilidade interna e a fraca legitimidade que as elites têm mas, também, a possibilidade de potencialmente desequilibrar qualquer país africano questionando suas fronteiras. Em vez de lamentar a multietnicidade como uma inevitável causa de conflito, temos que reconhecer sua longa tradição (não somente na África) e o seu potencial como forma para compor sociedades complexas. As fronteiras atuais, bem como as coloniais, representam uma resposta racional à necessidade da África de participar no sistema internacional do século XX
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