Abstract

Traçamos as origens e o desenvolvimento do Encontro dos Profetas da Chuva, que ocorre no município de Quixadá, Ceará, demonstrando como a invenção dessa tradição depende da circulação de discursos populares, acadêmicos e midiáticos para realizar o objetivo primário de "resgatar a cultura", que é imaginada existir na zona rural do sertão nordestino. Examinamos a interseção entre cultura e folclore, analisando a colaboração dos indivíduos, da mídia, de estudiosos (inclusive antropólogos) e outros na produção da cultura relacionada à previsão de chuvas. Dessa maneira, simultaneamente inventamos e resgatamos uma tradição. Mostramos como os textos produzidos pela mídia e pelos pesquisadores entram no discurso público sobre os profetas da chuva. Ao olhar de perto a intertextualidade dos discursos midiáticos, acadêmicos e populares sobre os profetas da chuva, contribuímos com os debates sobre a influência que nosso trabalho tem nos saberes e fazeres que estudamos.

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