Abstract

O artigo discute a produção fílmica realizada de maneira independente por cineastas autodidatas equatorianos que, a partir da virada dos anos 1990 para os anos 2000, valeram-se de equipamentos caseiros e do mercado piratas de DVDs e conquistaram público de maneira surpreendente. Para analisar filmes como os de Fernando Cedeño, Nixon Chalacama e Nelson Palacios, rodados em geral nas “tierras bajas” do Equador, longe da capital, Quito, e num primeiro momento alheios aos dispositivos oficiais de financiamento e exibição, é preciso antes de mais nada desconstruir antagonismos costumeiros, como os que opõem “amadorismo” e “profissionalismo”, “artesanal” e “industrial”, “centro” e “periferia”.

Highlights

  • Presente em publicações de diversas partes do mundo, a discussão sobre como analisar – e, portanto, definir, nomear, distinguir – práticas cinematográficas que fogem do modelo industrial e de cânones reconhecidos pela história do cinema vem apontando uma série de situações problemáticas

  • Em meio a essas indagações, a narrativa de Más allá del mallconstrói o encontro que tem, de um lado, o cinema mais reconhecido pela crítica e pelas instituições equatorianas, e, de outro lado, aquele que é apresentado como um outro cinema, distante não só dos circuitos de exibição comercial – fato para praticamente todos os cineastas equatorianos – mas também dos dispositivos de financiamento oficiais, dos festivais, dos olhares “cinéfilos” e da crítica

  • Entrevistado em Más allá del mall, Camilo Luzuriaga, provavelmente o cineasta equatoriano com maior reconhecimento internacional, afirma perceber uma necessidade do público equatoriano de se ver nos filmes, de se reconhecer; ele, assim como Victor Arregui, nota nas produções um interesse por investigar as bases do que seria a identidade nacional equatoriana

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Summary

Introduction

Presente em publicações de diversas partes do mundo, a discussão sobre como analisar – e, portanto, definir, nomear, distinguir – práticas cinematográficas que fogem do modelo industrial e de cânones reconhecidos pela história do cinema vem apontando uma série de situações problemáticas.

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