Abstract
O movimento de substituicao de trabalhadores por parte das firmas - aqui tratado como churning - e um importante componente da rotatividade da mao-de-obra no Brasil, que tambem inclui a realocacao de emprego entre firmas. A evolucao do labor churning ao longo da decada de 1990, ao menos para os empregados formais da industria paulista, segue uma trajetoria muito semelhante para as diferentes faixas de tamanho de firmas e para os diferentes subsetores da industria, sugerindo que mudancas no ambiente macroeconomico afetam o churning de forma similar em firmas com caracteristicas diferentes. Este artigo propoe um modelo para explicar o movimento de labor churning dos empregados formais no pais. O modelo admite que as firmas, ao enfrentarem choques exogenos que elevam o salario real, podem substituir empregados com o objetivo de reduzir seus gastos com salarios, particularmente em momentos de baixa inflacao, em que ha maior rigidez dos salarios reais. Um estudo econometrico e realizado a partir dos microdados da RAIS (Relacao Anual de Informacoes Sociais, do Ministerio do Trabalho) para o setor industrial da Regiao Metropolitana de Sao Paulo. Os resultados obtidos corroboram a hipotese do modelo. As estimacoes ainda sugerem que, no periodo pos-plano real, controlada a inflacao e quando os instrumentos sao validos, o churning da mao-de-obra foi relativamente maior que no inicio da decada de 1990.
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