Abstract

Resumo: Este texto trata das especificidades da sociologia do trabalho latino-americana vis-à-vis a europeia e a norte-americana, a partir da discussão de seus temas, bem como de suas abordagens teóricas e metodológicas. Para tanto, ele se debruça inicialmente sobre as diferentes etapas que marcaram a disciplina, tendo em vista as mudanças da realidade social, sustentando que embora tenha sempre se inspirado nos temas e problemas colocados pelas sociologias europeia e norte-americana, ela conseguiu manter suas especificidades; num segundo momento, ele problematiza as novas questões que as transformações econômicas e sociais ocorridas no novo século têm colocado para a disciplina, centrando-se especialmente na realidade dos países do Mercosul.

Highlights

  • Surgida à raiz do desenvolvimento teórico e metodológico das sociologias do trabalho europeia e norte-americana, tendo sido por elas estimulada e alimentada, a latino-americana tem, desde seus inícios, buscado dar conta das especificidades da nossa realidade

  • – Esse conjunto de transformações resultou em diminuições importantes das taxas de concentração de renda, conforme demonstram a diminuição dos índices de Gini em todos os países, com exceção do Uruguai [ver Quadro 6, p. 115]

  • Ele se debruça inicialmente sobre as diferentes etapas que marcaram a disciplina, tendo em vista as mudanças da realidade social, sustentando que embora tenha sempre se inspirado nos temas e problemas colocados pelas sociologias europeia e norte-americana, ela conseguiu manter suas especificidades; num segundo momento, ele problematiza as novas questões que as transformações econômicas e sociais ocorridas no novo século têm colocado para a disciplina, centrando-se especialmente na realidade dos países do Mercosul

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Summary

Marcia de Paula Leite

A sociologia do trabalho na América Latina: Seus temas e problemas (re)visitados. Surgida à raiz do desenvolvimento teórico e metodológico das sociologias do trabalho europeia e norte-americana, tendo sido por elas estimulada e alimentada, a latino-americana tem, desde seus inícios, buscado dar conta das especificidades da nossa realidade. O resultado dos estudos latino-americanos indicava, contudo, uma dualidade teórica da discussão: de um lado, aqueles que, abraçando uma perspectiva mais positiva das transformações, consideravam que as novas tendências da organização do trabalho vindas do Japão estavam se difundindo pelo conjunto de nossa economia (Gitahy, 1994); de outro, aqueles que alertavam para um enorme conjunto de adaptações que as empresas promoviam ao trazer as técnicas japonesas de produção para a região, assim como para as implicações nocivas dessas técnicas sobre os trabalhadores e suas formas de organização. Os efeitos das transformações organizacionais sobre o trabalho, sobretudo das mudanças na organização empresarial, com o rápido processo de flexibilização e terceirização que tomou conta das nossas economias foi ampliando a análise de empresas isoladas para o estudo do que Castillo chamou de “processos completos de produção” (Castillo, 1995: 27) em um movimento que muito se nutriu também da ideia de cadeias de valor (Gereffi, 1993). – Esse conjunto de transformações resultou em diminuições importantes das taxas de concentração de renda, conforme demonstram a diminuição dos índices de Gini em todos os países, com exceção do Uruguai [ver Quadro 6, p. 115]

Brasil Brasil Brasil Paraguai Paraguai Paraguai Uruguai Uruguai Uruguai
País Argentina Brasil Uruguai Paraguai
População abaixo da linha da indigência
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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