Abstract

Este artigo é resultado do trabalho desenvolvido no grupo de Pesquisa Cultura Científica e Produção de Conhecimentos Educacionais, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Maranhão, que centra sua investigação na divulgação científica, popularização da ciência ou compreensão pública da ciência, termos usados neste trabalho com o mesmo sentido, a fim de buscar aproximações entre as ações de divulgar e educar. Para tanto, utilizou-se a História Oral como metodologia, uma vez que por esse aspecto da pesquisa qualitativa é possível explorar as relações entre história e memória, que se constitui na essência desta pesquisa. A construção da história e memória dos programas Alimentação é Vida e A Saúde da Nossa Gente veiculados na Rádio Educadora Rural do Maranhão, nas décadas de 1980 e 1990 foram realizadas por meio do diálogo com as fontes coletadas: narrativas das pessoas, gravações em fitas dos programas, entre outras, sob o veio teórico da Educação Popular de Paulo Freire e de estudiosos da educação não-formal, como Maria da Gloria Ghon, possibilitaram constatar que esses programas radiofônicos constituíram-se importantes instrumentos de educação não-formal, pelo fato de tornarem dinâmicas as ações que tratavam o conhecimento científico como prática social, permitindo que, por um curto espaço de tempo, a ciência fizesse parte do cotidiano das pessoas da periferia e da comunidade rural do Maranhão.

Highlights

  • Da Comunidade de Barra Velha, falando sobre alimentação na época em que a mulher está parida: Dou exemplo de mim mesmo porque quando a gente levava aquela coisa de dizer que tudo faz mal, então tem aquela coisa de dizer que tudo faz mal, que tal comida faz mal, é remosa, e antigamente eu tinha uma coisa de não comer nada, a coisa podia ta aí, mas eu não podia comer dizendo que era remosa, mas depois que eu comecei a viver uma vida de comunidade, tomando uma experiência daqui outra acolá, hoje eu como tudo; o limão inclusive, muita gente dizia se a gente pudesse evitar até de passar debaixo do pé era bom, quanto mais a gente come

  • The Health of Our Population: the divulgation of science in the fields of non-formal education

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Summary

Introdução

Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.19, n.3, set./dez. 2016. Professor da Pós-Graduação em Educação e Ensino de Física da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, Brasil. Mestre por meio do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, Brasil. Qual era a relação existente entre as atividades de divulgação científica e a educação não formal?. Estando em busca das atividades que delinearam vasto repertório discursivo sobre a divulgação científica e a sua relação com a educação não formal, decidimos analisar dois programas veiculados nas décadas de 1980 e 1990: Alimentação é Vida e A Saúde da Nossa Gente, apresentados pela professora Vera Lúcia Rolim Salles, professora do curso de Comunicação da Universidade Federal do Maranhão, cujos conteúdos apresentavam-se com características de difusores da ciência e da educação não formal. Portanto, constituíram-se objeto de investigação desta pesquisa

Os fundamentos teórico-metodológicos
O diálogo com as fontes
Banco de Dados
12 Banco de Dados
Considerações finais

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