Abstract

O objetivo deste artigo é investigar as formas de idealização e construção da República das Letras entre os portugueses quando da sua dispersão a partir de 1808 e da tentativa de manter circuitos regulares de correspondência. Em outras palavras, através da publicação de grande número de jornais. Estes impressos têm lugar, sobretudo, em Londres, que sediou, entre 1808 e 1822, pelo menos oito jornais lusófonos a partir da iniciativa pioneira de Hipólito da Costa; e Paris, que sediou pelo menos três entre 1815 e 1822, sobretudo em torno do intelecto de Solano Constâncio. A partir dessa rede de intercâmbio de ideias que começava a se expandir e adquirir um caráter cosmopolita, é possível indagar também sobre alguns dos diálogos mais amplos estabelecidos com publicações em língua inglesa e espanhola, de forma a permitir um vislumbre da dimensão dessas redes de comunicação cujas portas eram abertas pelo jornalismo.

Highlights

  • A República das Letras, noção que se difundiu entre intelectuais a partir do século XVI e obteve particular repercussão no século XVIII, não possuía um espaço físico ou institucional, apesar de encontrar especial difusão nas Academias de Ciências, Lojas Maçônicas e nos Salões

  • By publishing large number of newspapers. These papers take place, especially, in London, which hosted between 1808 and 1822, at least eight Portuguese-speaking newspapers from the pioneering initiative of Hipólito da Costa; and Paris, which hosted at least three between 1815 and 1822, especially around the intellect of Solano Constâncio. From this network for the exchange of ideas that began to expand and acquire a cosmopolitan character, it is possible investigate some of the broader dialogues established with publications in English and Spanish, to allow a glimpse of the extent of these communication networks whose doors were opened by journalism

  • Também não havia leis que regessem o corpo da comunidade de letrados que buscavam intercambiar as suas ideias

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Summary

Luís Francisco Munaro

Resumo: O objetivo deste artigo é investigar as formas de idealização e construção da República das Letras entre os portugueses quando da sua dispersão a partir de 1808 e da tentativa de manter circuitos regulares de correspondência. Sobretudo, em Londres, que sediou, entre 1808 e 1822, pelo menos oito jornais lusófonos a partir da iniciativa pioneira de Hipólito da Costa; e Paris, que sediou pelo menos três entre 1815 e 1822, sobretudo em torno do intelecto de Solano Constâncio. A partir dessa rede de intercâmbio de ideias que começava a se expandir e adquirir um caráter cosmopolita, é possível indagar também sobre alguns dos diálogos mais amplos estabelecidos com publicações em língua inglesa e espanhola, de forma a permitir um vislumbre da dimensão dessas redes de comunicação cujas portas eram abertas pelo jornalismo. Palavras-Chave: República das Letras, ilustração luso-brasileira, história do jornalismo

André Nunes de Azevedo
Cox and Baylis Great Queen
Fluxo epistolar entre os portugueses
Diálogos internacionais
Considerações finais
Referências Bibliográficas
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