Abstract

Este trabalho tem como objetivo pesquisar a relação entre as dinâmicas das culturas populares de tradição oral, particularmente as de matriz africana, e as políticas culturais implementadas no Brasil a partir dos anos 2000, as quais trazem para a agenda pública este importante segmento. A partir da abordagem psicopolítica da consciência e participação política e da visão crítica sobre os discursos contemporâneos em torno da cultura como produto, desenvolvimento econômico, da prática tecnicista e gerencial no campo da gestão cultural, assim como por meio de pesquisa exploratória teórica e conceitual aplicada aos referenciais teóricos dos direitos culturais, conceito gramsciano de hegemonia e das teorias da reprodução cultural e pesquisa empírica entre os integrantes da Rede das Culturas Populares e Tradicionais, analisaremos o impacto de tais políticas, construídas no bojo do Estado burguês - marcadas, portanto, pela lógica do mercado e pela burocracia no acesso ao fomento - na organização e na construção da subjetividade de indivíduos e comunidades de tradição oral. Aborda-se, por fim, o problema dos critérios de avaliação de políticas culturais, profundamente marcados pela instrumentalização, refletindo-se sobre a adequação das categorias analíticas utilizadas para avaliar os processos culturais.

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