Abstract

O presente artigo pretende fazer uma leitura do filme Barravento, de Glauber Rocha, de modo a evidenciar aspectos analíticos para além da dialética materialista e do jogo fetichista da cultura afro-brasileira. Na multiplicidade de sentidos que se encontram na composição das cenas e imagens desta obra, existe uma crítica ao materialismo vulgar dentro do próprio sistema de signos do devir-primitivo. Isto nos leva a postular as ambiguidades próprias da vida brasileira no entrechoque do arcaico com o moderno, evidenciando os arcaísmos próprios da modernidade ilustrada e engajada, bem como uma forte percepção das forças sociais vitais na cultura primitiva, capazes inclusive de resistir frontalmente à axiomatização capitalista. Os autores que fornecem as ferramentas conceituais para esta articulação são Deleuze e Guattari em seu O Anti-Édipo.

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