Abstract

No ano de 2007 foi instituído no Brasil, por meio do Decreto nº 6.096, o Programa de Apoio aos Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais brasileiras, conhecido como REUNI. Entre seus principais objetivos estavam os de expandir o número de vagas no ensino superior público, elevar as taxas de conclusão e diminuir a evasão dos cursos. Um pouco antes do REUNI, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) já tinha dado início a um processo de expansão e posteriormente aderiu ao programa, ampliando ainda mais o número de cursos, vagas e campi.Paralelamente aos cursos que tradicionalmente oferecia, a universidade implantou novos e com distintos modelos formativos, dentre eles, os chamados bacharelados interdisciplinares (BI). Tendo em vista esse panorama, este artigo analisa os diferentes modelos formativos da Unifesp a fim de compreender em que medida favorecem a permanência e a conclusão de seus estudantes. Para tanto, foram analisados dados referentes à matrícula, coeficiente de rendimento, taxa de evasão e taxa de sucesso acadêmico nos diferentes modelos formativos. A análise mostra que modelos alternativos por si sós não ampliam a permanência e a conclusão e não melhoram os rendimentos acadêmicos dos estudantes, inclusive nos BI. Ao fim, recomenda-se conhecer melhor o perfil e atender de forma mais adequada às necessidades básicas dos novos estudantes.

Highlights

  • RESUMEN En el año 2007 fue instituido en Brasil, por medio del Decreto no 6.096, el programa de Apoyo a los Planes de Reestructuración y Expansión de las Universidades Federales brasileñas, conocido como REUNI

  • The analysis shows that alternative models alone do not extend permanence and conclusion rates among the students and do not improve student academic achievement, not even in bachilleres interdisciplinares (BI) academic training model

  • Disponível em: http://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/8457 Acesso em: 3 jun 2018

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Summary

Taxa de evasão

Fonte: Autores, pesquisa de PPC (disponíveis em: https://www.UNIFESP.br/reitoria/prograd/pro-reitoria-degraduacao/cursos/projetos-pedagogicos) e de indicadores gerados pela Universidade (disponíveis em: http://www.UNIFESP.br/reitoria/indicadores/graduacao). Já os cursos presentes nas outras Escolas e Institutos ainda carecem do mesmo reconhecimento social, pois foram abertos mais recentemente, entre os anos de 2007 e 2015. Ao se comparar apenas os cursos instalados nas UU criadas após o processo de expansão da UNIFESP, pode-se observar que, mesmo entre os que se apoiam em modelos formativos similares, há taxas de sucesso e de evasão bastante diferenciadas. Um mesmo modelo formativo não parece garantir resultados equivalentes entre os diversos cursos e não se coloca como garantia de obtenção de baixas taxas de evasão. Ao tomarmos como exemplo os coeficientes de rendimento (CR)[4] e as taxas de evasão específicas de alguns cursos, tal situação fica ainda mais evidente. No Quadro 2 estão dispostos os dados dos dez cursos que apresentaram maior CR médio em 2017.

Não informado
Considerações Finais
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