Abstract

O artigo discute a violência policial do ponto de vista dos segmentos sociais mais atingidos pela mesma, trabalhadores pobres, negro-mestiços e moradores de Novos Alagados, uma das áreas carentes da cidade de Salvador. Através de 31 entrevistas aprofundadas e uso de técnicas de observação direta, procurou-se reconstituir os tipos de violência protagonizados por moradores, delinqüentes e policiais. Num contexto de pobreza, desemprego e crise dos mecanismos informais de controle social, o aparelho policial gera reações ambivalentes que expressam a dificuldade de a população se posicionar diante de uma força que é vista como violenta e, ao mesmo tempo, protetora. Condenando os abusos policiais contra eles, mas defendendo-os contra indivíduos tidos como marginais, os moradores terminam por legitimar a brutalidade contida no modelo de policiamento.

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