Abstract

As práticas educativas empregadas atualmente na sociedade brasileira enfatizam o valor do diálogo com a criança e a preocupação com o seu bem estar subjetivo. No que se refere às formas dos pais lidarem com o comportamento inadequado dos filhos eles fazem uso geralmente de explicações, porém as punições físicas e verbais ainda são usadas. O objetivo deste trabalho é investigar qual reação os pais dizem ter frente a um comportamento inadequado do filho, o que eles sentem quando punem as crianças e o que seria um sistema ideal de educação no que se refere à punição, considerando diferenças de classes sociais. Para tanto, foram entrevistados 48 pais de alunos, com idade entre sete e 10 anos, sendo 24 de escolas de camada média e 24 de escolas de camada popular. Os resultados mostraram que os pais vindos das duas classes sociais costumam prioritariamente conversar com os filhos frente ao mau comportamento; a maioria dos entrevistados de ambas as camadas sociais diz sentir-se mal quando pune os filhos, mas que punir moderadamente é o ideal. Assim, não se encontrou diferenças significativas entre os dois grupos, podendo-se afirmar que a sociedade brasileira do século XXI procura estabelecer formas de educar mais brandas, pelo menos no plano do discurso, em que punir severamente já não é considerada a primeira alternativa usada para corrigir o filho.

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