Abstract

Buscar postulados filosóficos para a Geografia tem sido, nas últimas décadas, uma postura comum. Essa postura enrique o debate epistemológico e possibilita o insurgir de novas possibilidades metodológicas. Este artigo estabelece conexões entre a Filosofia de Emmanuel Lévinas e a Geografia de Eric Dardel, a fim de compreender, de maneira mais profunda, o conceito de paisagem. A confluência do pensamento dos dois autores, a partir da noção de rosto, promove um entendimento que vai de encontro ao paradigma filosófico ocidental que valoriza a primazia do sujeito e do seu dizer sobre o outro. Sob a confluência da Dardel e Lévinas, a paisagem não pode ser assenhorada pelo eu-geógrafo, mas é compreendida pela alteridade, pela cumplicidade. A paisagem, assim, é capaz de falar por si ao ser significante de si mesma.

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