Abstract

O artigo desdobra-se do andamento de duas pesquisas de doutorado em educação. Destas pesquisas foram propostas e realizadas uma série de oficinas cuja ênfase recai sobre o corpo, tanto o corpo dos pesquisadores, quanto o corpo que uma pesquisa vai constituindo ao longo de seu tempo e, ainda, o corpo dos participantes das oficinas. O que se pretende nas duas pesquisas, e também no que apresentamos aqui, é problematizar as práticas escolarizantes com o corpo e caminhar em direção ao corpo vibrátil, aos corpos vivos que se misturam com as propostas apresentadas pelas pesquisas até então. Os trabalhos estão ancorados numa perspectiva cartográfica utilizando as oficinas como dispositivo de pesquisa para a ativação, ou para fazer vibrar, do aprender com o corpo inteiro. As motivações em pauta ligam-se com a produção de uma educação descolonizadora dos corpos e das subjetividades, a partir de uma questão de interesse de cada pesquisador. São dois os temas dispostos a abrir passagem para que as forças desconhecidas do corpo e da cognição possam atuar pelas vias de uma aprendizagem inventiva. Neste texto, as oficinas ‘o corpo e o riso’ e ‘tornar-se passagem’ foram realizadas com diferentes grupos de forma online e presencial, dado que boa parte do período da pesquisa se deu em tempos de pandemia. Tais oficinas, apresentadas na forma de relatos reflexivos, são as bases materiais para a mobilização do pensamento-corpo e dos modos de praticar uma relação com o corpo que é a relação que aprendemos nas práticas educativas com base no modelo eurocêntrico.

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