Abstract
<p>Este artículo aborda el aumento de los desplazados internos en Irak tras el surgimiento del grupo terrorista Estado Islámico y la necesidad de cooperación regional e internacional en la protección de esos individuos. Se discute el concepto de desplazamiento interno según las convenciones internacionales y expone la relación entre el aumento del número de individuos en esa situación en Irak y el surgimiento del grupo en 2014. Además, se sugieren algunas medidas de solución a la problemática. Como referencial teórico, se hace uso de la teoría de la cooperación por interés propuesta por Axelrod y Keohane (1985) y del concepto de <em>cross-issue-persuasion</em>, formulado por Betts (2009). Por último, se sugiere la creación de una zona de <em>safe haven</em> en el norte de Iraq, con el fin de proteger a las minorías religiosas forzadas a desplazarse en virtud de las acciones del Estado Islámico.</p>
Highlights
As ações do Estado IslâmicoComo relata a US Commission on International Religious Freedom (USCIRF), muitos cristãos escolheram deixar suas casas e migrar, levando a um verdadeiro desaparecimento do Cristianismo da região, um processo que já antevia o surgimento do EI, mas que piorou de forma significativa após o surgimento do grupo
Inicialmente, será discutida a situação dos deslocados internos no Iraque e o aumento do número de indivíduos nessa condição após 2014
This article addresses the increase in internally displaced persons in Iraq after the emergence of the Islamic State and the need for regional and international cooperation in the protection of these individuals
Summary
Como relata a US Commission on International Religious Freedom (USCIRF), muitos cristãos escolheram deixar suas casas e migrar, levando a um verdadeiro desaparecimento do Cristianismo da região, um processo que já antevia o surgimento do EI, mas que piorou de forma significativa após o surgimento do grupo. Erbil é uma das cidades controladas pelo Governo Regional do Curdistão e faz parte de uma área semiautônoma, de maioria curda, no Norte do Iraque, que luta pela independência nacional. O Curdistão tem sido o principal destino dos deslocados internos, vítimas do EI, sobretudo cristãos e yazidis, uma vez que as leis locais asseguram o direito à liberdade religiosa para todas as crenças. Dentre todos os deslocados internos, no entanto, a situação dos yazidis é a pior, uma vez que diferentemente dos cristãos, não fazem parte do “Povo do Livro”. Isso levou John Kerry, o então Secretário de Estado dos EUA, a condenar, em março de 2016, as ações do EI contra cristãos, yazidis e outras minorias religiosas como genocídio e crimes contra a humanidade
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