Abstract

A metafísica pertence à espinha dorsal da tradição filosófica. O termo, não raro, porém, ainda causa uma espécie de mal-estar no meio acadêmico. Aqui, propomo-nos, inicialmente, mostrar que, de fato, um determinado modelo de metafísico soçobrou. Num segundo momento,justificaremos a retomada da reflexão sobre a metafísica por razões antropológicas e da tradição fenomenológico-hermenêutica, concedendo ênfase às perspectivas francesa e germânica. Ao final, argumentaremos em torno de uma noção de metafísica que deve incorporar, em seudiscurso, a temporalidade. É em Ricoeur que encontramos indicações decisivas, próprias da tradição fenomenológico-hermenêutica, que nos possibilitam reconfigurar, num novo e apropriado estilo, a metafísicanarrativa que integra a compreensão e a concepção de pessoa em seu bojo.

Highlights

  • De facto, estou demasiado afastado desse tipo de metafísica

  • Metaphysics belongs to the backbone of the philosophical tradition

  • We will justify the resumption of the debate on metaphysics through anthropological reasons and hermeneutic phenomenology tradition, emphasizing French and German perspectives

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Summary

Situação: limitações e perspectivas para a metafísica

Atualmente, ainda parece de bom tom falar mal da metafísica! Isto tornou-se tão comum que, para ofender alguém ou desmerecer seu discurso, basta adjetivá-lo de metafísico. Para Heidegger a história da metafísica pensou o ser como a-temporal, sem devir, o que acaba por conduzir ao esquecimento do ser”.8. “Ricoeur considera que há dois níveis ontológicos na filosofia de Platão: “há uma ontologia de primeiro grau, que se atém à definição dos seres e que procura determiná-los, e há, também, uma ontologia de segundo grau, que interroga pelo próprio ser”; ou seja, Platão foi crítico de si mesmo: “contudo será no Sofista que retomará as aporias do Parmênides desenvolvendo a ‘ontologia de segundo grau’ assentada não já na relação Uno-Múltiplo mas sim na questão dos ‘grandes gêneros’, isto é, na dialética entre ser e não ser, entre o Mesmo e o Outro, o Movimento e o Repouso”. Vejamos argumentos antropológicos [ou existenciais] e razões encontradas na tradição fenomenológicohermenêutica para levar a sério a metafísica na perspectiva de reelaborá-la

Razões antropológicas e hermenêuticas para retomar a metafísica
Pessoa

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