Abstract

Esse trabalho analisa a exploração mineral a partir do Projeto Grande Carajás, situado na mesorregião sudeste do Pará, uma das últimas fronteiras de exploração de recursos naturais do capitalismo moderno. A metodologia consistiu em uma revisão bibliográfica crítica, adotando-se uma perspectiva fenomenológica, visando captar as relações e tensões entre Estado, empresas, sociedade e ambiente natural. Buscou-se verificar se as instituições (públicas e privadas) estão comprometidas com o desenvolvimento da região ou apenas com crescimento econômico de curto prazo. Pelos dados analisados, pode-se inferir que o Brasil e a região em questão estão acometidos pela doença holandesa, que favorece a desindustrialização brasileira. Conclui-se que devido às formas permissivas e as políticas públicas extrativistas por parte do Estado, que desconsideram os interesses da sociedade e o ambiente natural, o Projeto Grande Carajás configura uma maldição dos recursos naturais. Portanto, os empreendimentos em questão não contribuem para o desenvolvimento regional, recriando enclaves econômicos perversos para a sociedade.
 Palavras-chave: Desenvolvimento regional; desindustrialização; doença holandesa; mineração; Projeto Grande Carajás.

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