Abstract

Este trabalho analisa, à luz da lei geral da acumulação capitalistae de outros desenvolvimentos teóricos de Marx, os argumentos da teoria decrise baseada na escassez de força de trabalho. Na primeira seção apresentam-se os três argumentos de Marx acerca da relação entre a acumulação e omovimento dos salários: (i) supondo que a composição do capital não varie,então, o ritmo da acumulação regulará o movimento dos salários; (ii) supondoque o aumento da composição do capital seja expressão dominante no capitalismo,o exército industrial de reserva será o mecanismo regulador dossalários; (iii) a natureza cíclica de formação da superpopulação relativa. Nasegunda seção, apresentam-se os argumentos da teoria de crise baseada naescassez de força de trabalho, cujo ponto central é a manutenção constante dacomposição do capital na fase da prosperidade de modo a exaurir o exércitoindustrial de reserva provocando o aumento dos salários, a queda dalucratividade e, por fim, a crise. Na última seção apresenta-se a crítica a estetipo de explicação para crise baseando-se em quatro pontos: (i) as indicaçõesmetodológicas deixadas por Marx acerca do estudo das crises econômicas; (ii)o trato inadequado dos conceitos de concreto e abstrato; (iii) a relação entre aconcorrência e a composição do capital; (iv) a noção de exército industrial dereserva.

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