Abstract

O considerável desenvolvimento dos métodos qualitativos durante os últimos vinte anos está intrinsecamente relacionado à "virada lingüística" (linguistic turn). A presunção de que textos gravados constituem os dados básicos em todas as pesquisas científicas é conseqüentemente responsável por esta predominância dos métodos de interpretação de textos e por esta "fixação" particular sobre os textos no âmbito das metodologias qualitativas. No entanto é preciso estabelecer uma diferença entre a comunicação sobre (über) a imagem e a comunicação através (durch) da imagem. O acesso metodológico à compreensão pre-conceptual ou 'ateórica' foi introduzido, nos anos 1920, pela iconologia de Erwin Panofsky e pelo seu contemporâneo Karl Mannheim com seu método documentário de interpretação. Importantes correspondências entre ambas abordagens, assim como em relação ao campo da semiótica podem ser demonstradas. Com base no discernimento de que o caráter icônico em sua obstinação não nos é acessível de forma adequada pela linguagem, podemos concluir - pautados nos autores acima, assim como em Barthes, Focault e Imdahl -, que a apreensão das peculiaridades de uma imagem implica em uma suspensão, em um "colocar entre parênteses" as nossas conotações (fundamentadas no pré-conhecimento iconográfico mediado pela linguagem) tanto quanto possível. Metodologicamente, o caráter icônico só pode ser reconstruído através da descrição da forma, sobretudo de estrutura planimétrica da imagem. O método documentário de interpretação de imagens é um procedimento apropriado para o enfrentamento deste desafio.

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