Abstract

Este artigo relata a maneira pela qual a indústria farmacêutica organiza a experimentação de novas drogas em seres humanos, tal como vem ocorrendo a partir do início da última década do século 20 nos Estados Unidos. Ao fazê-lo, situa aspectos econômicos da produção de fármacos, e sua extraordinária expansão que é uma característica da contemporaneidade. Descreve também práticas tradicionais da clínica médica relacionadas aos ensaios clínicos, em especial as regras éticas aceitas internacionalmente para a investigação médica quando envolve pessoas, estabelecidas depois do horror suscitado pela divulgação dos “experimentos” de médicos nos campos de concentração nazistas. O artigo retrata parte do debate que o surgimento e a consolidação da “indústria dos ensaios clínicos” – clinical trials industry – suscita entre profissionais ligados à prática da medicina, revelado nas revistas The Lancet e New England Journal of Medicine e em relatórios de órgãos de supervisão do governo norte-americano. Conflito de interesses, má conduta científica, o desrespeito ao princípio ético primum non nocere e à regra do consentimento informado dos voluntários que participam de ensaios ocupam o centro das preocupações levantadas por esses profissionais.

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