Abstract
As organizações modernas dependem cada vez mais da tecnologia da informação (TI) para suportar seus processos transacionais e suas estratégias de negócio. O objetivo deste artigo é avaliar os impactos da implantação da governança de TI no segmento de operadoras de plano de saúde (OPS) com sede no estado do Ceará como suporte para o atendimento às normas da Agência Nacional de Saúde (ANS), por meio de estudo de caso qualitativo de finalidade descritiva e aplicada. O referencial teórico baseou-se na revisão da literatura sobre frameworks importantes de governança de TI aplicados no mercado de saúde suplementar no Brasil e a regulação imposta pela ANS no tocante à TI. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os gestores de TI e das áreas usuárias de TI destas empresas. Os resultados foram obtidos a partir da triangulação das entrevistas, observações diretas e análise documental, cujas evidências foram tratadas pela análise de conteúdo. As conclusões indicaram que a governança de TI tem forte impacto na qualidade e planejamento no atendimento às normas da ANS, mas as operadoras pesquisadas ainda não utilizam todo potencial disponível, com vários níveis de maturidade e muitas oportunidades de evolução.
Highlights
No início dos anos 1990, face à atitude temerária de alguns executivos, tornou-se clara a necessidade de se garantir maior segurança aos acionistas, particularmente aos minoritários
Testadas e validadas pelo mercado, podem ser utilizadas tanto por empresas que desejam melhorar sua operação de tecnologia da informação (TI), como também por aquelas que estão iniciando uma operação de TI
A.; Pitassi, C. (2018), “A governança de tecnologia da informação (TI) em operadoras de planos de saúde suplementar no Estado do Ceará”, Sistemas & Gestão, Vol 13, No 4, pp. 495-508, disponível em: http:// www.revistasg.uff.br/index.php/sg/article/view/1432 (acesso dia mês abreviado. ano)
Summary
No início dos anos 1990, face à atitude temerária de alguns executivos, tornou-se clara a necessidade de se garantir maior segurança aos acionistas, particularmente aos minoritários. Foi somente após o ano 2000, com uma sequência de fatos relevantes em todo o mundo, tais como o bug do milênio, a “bolha” da internet, as fraudes e crimes contra a economia, que a governança corporativa assume um papel central nos modelos de gestão das empresas. Na medida em que atuam em um setor fortemente regulado e sujeito a um crescente processo de judicialização, o atendimento de normas da ANS e a melhoria da qualidade dos serviços prestados tornam-se críticos. A discussão das causas que desencadearam esta situação não está no escopo deste artigo, mas as consequências desta situação abriram espaço para a consolidação dos planos e dos seguros-saúde privados, que conformam o mercado de saúde suplementar, os quais ocuparam espaço cada vez maior no sistema de saúde brasileiro (Pereira Filho, 1999). A crescente judicialização dos direitos à saúde, tanto no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto no das operadoras de plano de saúde
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