Abstract

Educar para a sexualidade nas escolas constitui uma realidade possível, além de ser legislada no Brasil pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, decorrentes da última Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Entretanto, depois de quase vinte anos de vigência desta lei, encontramos professores despreparados em conteúdo e/ou à disposição para vencer as barreiras relacionais, administrativas e pedagógicas para atuarem na área. Por outro lado, os recentes ataques advindos de setores conservadores da sociedade sobre a implementação de discussões de relações de gênero nas escolas afetam diretamente projetos sobre educação para a sexualidade, posto que é impossível dissociar essas duas perspectivas, que dizem respeito às identidades das pessoas, parte essencial de suas vidas. Educar para a sexualidade inclui necessariamente a compreensão das relações de gênero como relações de poder e o respeito à diversidade. Neste sentido, tornam-se cada vez mais necessárias a adoção e a manutenção de processos/projetos de formação de educadores. Com este propósito implementamos disciplinas na Universidade Federal da Bahia e na Universidade Salvador, efetivamos ações extensionistas e cursos de especialização que se constituíram e ainda se constituem processos pedagógicos adequados para a formação de educadores em sexualidade. Nessas formações adotamos a metodologia participativa, que privilegia a construção coletiva de conhecimentos a partir de muito estudo e da experiência de todos os envolvidos. Situando-se, também, como participantes, os educadores valorizam as histórias e vivências do grupo, sentem-se estimulados à troca de Educar para a sexualidade nas escolas constitui uma realidade possível, além de ser legislada no Brasil pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, decorrentes da última Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Entretanto, depois de quase vinte anos de vigência desta lei, encontramos professores despreparados em conteúdo e/ou à disposição para vencer as barreiras relacionais, administrativas e pedagógicas para atuarem na área. Por outro lado, os recentes ataques advindos de setores conservadores da sociedade sobre a implementação de discussões de relações de gênero nas escolas afetam diretamente projetos sobre educação para a sexualidade, posto que é impossível dissociar essas duas perspectivas, que dizem respeito às identidades das pessoas, parte essencial de suas vidas. Educar para a sexualidade inclui necessariamente a compreensão das relações de gênero como relações de poder e o respeito à diversidade. Neste sentido, tornam-se cada vez mais necessárias a adoção e a manutenção de processos/projetos de formação de educadores. Com este propósito implementamos disciplinas na Universidade Federal da Bahia e na Universidade Salvador, efetivamos ações extensionistas e cursos de especialização que se constituíram e ainda se constituem processos pedagógicos adequados para a formação de educadores em sexualidade. Nessas formações adotamos a metodologia participativa, que privilegia a construção coletiva de conhecimentos a partir de muito estudo e da experiência de todos os envolvidos. Situando-se, também, como participantes, os educadores valorizam as histórias e vivências do grupo, sentem-se estimulados à troca de de experiências e à construção coletiva de novos saberes: múltiplos, amplos, diversificados, transformadores.

Highlights

  • Resumo: Educar para a sexualidade nas escolas constitui uma realidade possível, além de ser legislada no Brasil pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, decorrentes da última Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

  • After almost twenty years of existence of this law, we still find unprepared teachers about content and /or willingness to overcome relational, administrative and educational barriers to work in the area

  • Educating for sexuality necessarily includes the understanding of gender relations as connections of power and respect for diversity

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Summary

TRAINING TEACHERS MULTIPLIERS IN SEXUAL EDUCATION

Resumo: Educar para a sexualidade nas escolas constitui uma realidade possível, além de ser legislada no Brasil pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, decorrentes da última Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Os recentes ataques advindos de setores conservadores da sociedade sobre a implementação de discussões de relações de gênero nas escolas afetam diretamente projetos sobre educação para a sexualidade, posto que é impossível dissociar essas duas perspectivas, que dizem respeito às identidades das pessoas, parte essencial de suas vidas. Com este propósito implementamos disciplinas na Universidade Federal da Bahia e na Universidade Salvador, efetivamos ações extensionistas e cursos de especialização que se constituíram e ainda se constituem processos pedagógicos adequados para a formação de educadores em sexualidade. Situando-se, também, como participantes, os educadores valorizam as histórias e vivências do grupo, sentem-se estimulados à troca de experiências e à construção coletiva de novos saberes: múltiplos, amplos, diversificados, transformadores.

Como tudo começou?
Pedagogia tradicional
Escola nova
Pedagogia libertadora
Saberes da docência
Saberes da formação básica
Saberes pedagógicos
Saberes da experiência
Ciclos de estudo e seminários
Encontros e oficinas
Cursos de formação
As disciplinas
Interditos e novas perspectivas
Considerações finais

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