Abstract

Este texto traz uma resenha bibliográfica das implicações trabalhistas, sociais e regulatórias da evolução recente da Inteligência Artificial (IA). Historicamente ela deve ser entendida como uma sequência do longo processo de automatização das atividades produtivas, desde as primeiras revoluções industriais, representando o novo símbolo da fronteira computacional da humanidade. A diferença com outras tecnologias se dá pela proximidade com a inteligência humana, elevando os riscos de efeitos adversos e impactos incertos onde for introduzida. Diferentemente de outros processos tecnológicos, sua inserção nas mais diversas atividades e áreas do conhecimento se dá de modo veloz e abrangente. Compreender seu alcance é uma tarefa complexa e impossível devido à sua grandeza. Assim, foram selecionados alguns entre os tópicos recentes mais icônicos da IA, a saber aspectos históricos do seu desenvolvimento; seus impactos no mercado de trabalho (desemprego, Job Match e novas habilidades requeridas dos trabalhadores); suas consequências sociais (desigualdade de renda e inclusão social) e as formas conhecidas de controlar seus impactos adversos (Estado, organizações sindicais e diálogo social). A síntese conclusiva geral é que, no atual estágio de conhecimento, o avanço da IA, embora represente um avanço para a humanidade no longo prazo, revela, entretanto, resultados que ainda são ambíguos para a sociedade no curto prazo, seja em termos de custos e/ou de benefícios. Esta constatação não nos permite afirmar, com certeza, quais as reais mudanças que esta tecnologia tem causado na economia e na sociedade. Palavras-chave: Inteligência Artificial. Automação. Implicações trabalhistas.

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